Cheguei em Nazaré as 16:30 do dia 15 de setembro. Os planos de ficar em São Paulo um dia, sair tomar uma cerveja foi logo desfeito quando coloquei os pés no aeroporto de Guarulhos, muito barulho pessoas te olhando com cara de medo, distantes e sozinhas.
É bom retornar para Nazaré com muitos ciclos fechados, coração quase vazio de magoas e com um olhar diferente. Fui passeando pelo jardim com as malas sentindo os perfumes das flores, tem umas flores bem pertinho da minha janela com um perfume maravilhoso, que me lembra algumas pessoas flores. Ganhei algumas coisas que sinto que vão me acompanhar por um tempo, para diminuir a saudade da terra vermelha. Estou lendo O Retorno e Terno que são crônicas do Rubem Alves e queria deixar uma parte que me tocou muito “Um amigo é como aquela árvore. Vive de sua inutilidade. Pode até ser útil eventualmente, mas não é isso que o torno um amigo. Sua fiel presença silenciosa torna a nossa solidão uma experiência de comunhão. Diante do amigo sabemos que não estamos sós. E alegria maior não pode existir.”
E bem estranho pensar que essa é minha nova casa, meu novo endereço. Meu quartinho é menor que o da primeira vez, mas o espaço foi perfeito para minhas coisas. Devagarzinho fico pensando em como esse cantinho meu pode se tornar mais minha cara. Em breve tiro umas fotos das fores que são meus perfumes agora. O anjo que me acompanha essa semana é o anjo da sabedoria, que ele consiga abrir varias portas interiores para que olhe as situações com mais sabedoria.
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